03 junho, 2011

It's sad but it's true how society says her life is already over...

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Nunca fui um bom exemplo. Nunca. Aos 32 anos, divorciada e com o "amanhã" não-definido, me contentava com drinks, trabalho até tarde e shopping com as amigas. Exatamente tudo o que não queria ser quando tinha 16 anos. É, meus caros, a vida nos prega tantas peças! Lembro-me de uma conversa entre minhas amigas e eu, onde eu dizia que, no máximo aos 29 anos, queria ter um filho. Depois disso estaria no tempo errado. Também lembro que, nessa mesma conversa, defini meus planos: o meu grande amor teria que chegar aos 23, iríamos casar aos 25 e, até os 29, termos viajado e aproveitado muito - "programe-se, grande amor, não gosto de atrasos". E se ele chegasse antes? Nah! Sem chances. Até os 23 ainda teria muitas bocas pra beijar, só depois disso queria me comprometer. Aí que está a desilusão: nada disso aconteceu. Meu grande amor chegou aos 18, casamos aos 22 e com 28 estávamos separados. Separação - essa palavrinha me deu muito trabalho e me tomou noites em claro. Tudo o que eu não queria era partir para o divórcio, achava isso uma medida muito drástica. Mas aconteceu, e foi um tiro certeiro: doloroso, mas a melhor coisa que já fiz em toda a minha vida, com certeza. Tirar os próximos anos para mim, me conhecer, viajar (nem que fosse nos livros), escrever minhas próprias histórias, inventar meus pratos na cozinha, pintar a tela da minha vida de um jeito completamente diferente: "agora é a hora", disse entusiasmada. Não foi. Novamente, a vida apunhalou-me pelas costas. Me vi em uma encruzilhada: abandonar tudo aquilo que tinha vivido era loucura! 
Continua.

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